sábado, 16 de março de 2019

Dispositivo da sexualidade: prazeres e perigo



A perspectiva adotada é a de que a sexualidade é um dispositivo histórico e não um dado da natureza ou uma essência pertencente ao domínio interno dos sujeitos. De acordo com o teórico francês Michel Foucault, a sexualidade é uma [...] grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos, a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, a formação dos conhecimentos, o reforço dos controles e das resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de saber e poder (FOUCAULT, 1998, p. 100).
Nesse sentido, a proposta é discutir como as concepções de “prazer e perigo” são construções discursivas encadeadas a partir de relações de poder-saber. Um dos significados centrais construídos em nossa sociedade em torno da noção de sexualidade é justamente a de que os prazeres sexuais são perigosos, pois ameaçariam a ordem social. Esses prazeres, enquanto componentes do dispositivo da sexualidade, no entanto, são construções sociais e históricas baseados na heteronormatividade, que classifica determinadas pessoas, coletividades e expressões da sexualidade como desviantes, anormais e estigmatizantes, por não se enquadrarem em referências legítimas. No tocante às práticas sexuais, expressões e manifestações de prazeres, esse dispositivo histórico, que é heteronormativo, classifica a sexualidade como “boa” ou “má, estabelecendo limites do que é permitido ou proibido e criminalizado.
Atualmente, presenciamos no contexto brasileiro um crescimento de discursos conservadores que reforçam essa concepção, relacionando qualquer menção à sexualidade não reprodutiva e heterossexual como algo ideológico e perigoso, envolto de pânicos morais. De acordo com Stanley Cohen (1972), o conceito de pânicos morais serve para pensar na maneira como a mídia, a opinião pública e os agentes de controle social reagem a determinados rompimentos de padrões normativos. Esse conceito permite entendermos como processos de mudanças sociais  podem causam grande temor e medo, uma vez que poriam em risco a estabilidade de formatos tradicionais de instituições, como família, casamento, religião.
Nas Ciências Sociais e Humanas, a temática que envolve a sexualidade, prazeres e perigos abarca uma grande amplitude de discussões, como pensar questões referentes à orientações sexuais não normativas (LGBTQI), convenções de erotismo, mercado de consumo de bens eróticos e pornográficos, práticas sadomasoquistas e BDMS (bondage, disciplina, dominação e submissão), prostituição, pedofilia, dentre outros. É visando ampliar esse campo de estudos e dialogar com questões atuais, de cunho político, econômico e social que propomos a temática do Evento Nacional.  

Programação apresentação de trabalhos


Programação apresentação de trabalhos


19/03/19 – Terça-Feira
Local: Sala de reunião prédio Sergio Ferreti (UFMA)
Horário: 08 as 12:00


GT 4: Marcadores da diferença social
Coordenação: Dra. Sandra Maria Nascimento Sousa (UFMA) e Imaíra Pinheiro de Almeida da Silva (UFMA)
Monitoria: Tássio Carlos Rodrigues Filgueiras

1. A QUESTÃO DA MULHER COMO SUJEITO DO FEMINISMO NA OBRA PROBLEMAS DE GÊNERO: FEMINISMO E SUBVERSÃO DA IDENTIDADE, DE JUDITH BUTLER - Samya Helena dos Santos Ribeiro

2. VESTIR PARA DISTINGUIR: a moda feminina da elite ludovicense em meados do século XIX - Mylena Frazão da Cruz e Ilza Galvão Cutrim

3. MULHERES NEGRAS E COLONIALIDADE: interse(c)ções necessárias - Marjorie Evelyn Maranhão Silva

4. CORPO E DISCIPLINA: O discurso da “boa aparência” e dos cabelos cacheados - Graça Regina Braga Campos

5. PROSTITUTA TEM DIREITO À SAÚDE? UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, FAZERES NA SAÚDE E REDUÇÃO DE DANOS - Erika Carla de Sousa Ramos; Maria dos Remédios da Conceição Ferreira

6. O CORPO FORJADO PELA MODA FRANCESA NAS PÁGINAS DA REVISTA ELEGANTE – SÃO LUÍS-MA (1892 – 1897) - Denisy Feitoza Aires e Ilza do Socorro Galvão Cutrim


GT 6: Gênero e literatura
Coordenação: Ma. Lindevania Martins e Ma. Marília Milhomem (SEMED/PAÇO)
Monitoria: Bruma Ramos Leão e Vitória Aquino da Mota.

1. CONTROLE E SUJEIÇÃO DO FEMININO NA OBRA “O CONTO DA AIA” (1985), DE MARGARETH ATWOOD - Pâmella Cristielle Pereira e Carolina Vasconcelos Pitanga

2. Carmilla, de Joseph Sheridan Le Fanu: o lesbianismo como campo da memória subterrânea - Marília Milhomem Moscoso Maia

3. A REPRESENTAÇÃO DO CORPO (IN)DOMADO DE LENITA EM A CARNE, DE JÚLIO RIBEIRO - Maria Aparecida C. Mendonça Santos

4. O Que Querem as Escritoras? Literatura, feminismo, política no Mulherio das Letras - Lindevania de Jesus Martins Silva

5. A representação do feminino na tessitura medieval: uma análise de ‘As Maravilhas da Besta Ladradora’ em A Demanda do Santo Graal - Gabriele Damasceno

6. Produção Subjetiva da Mulher Gorda nos livros “A Gorda” e “Fome” - Flávia Luciana Magalhães Novais e Paula Sandrine Machado

7. ANA ROSA, A CONDIÇÃO SOCIAL DO SEXO FEMININO ATRAVÉS DE O MULATO (1881) - Denilson Costa Pinheiro



20/03/19 – Quarta-Feira
Local: Sala de reunião prédio Sergio Ferreti (UFMA)
Horário: 08 as 12:00

GT 1: Gênero e Estudos Queer
Coordenação: Dr. Allyson de Andrade Perez (CEUMA/UNDB) e Dra. Nilvanete Gomes de Lima (IFMA)
Monitoria: Nathiele Cristina Silva Oliveira

1.“Bota a cara no sol, querida!”: processos sociais de abjeção e desestabilização dos limites das “normalidades” em alterescritas ficcionais - Nilvanete Gomes de Lima

2. A Teoria Queer e a arqueologia brasileira: elementos para uma aproximação - Arkley Marques Bandeira – Doutor em Arqueologia.

3. DESCONSTRUINDO GÊNERO: discurso, poder e performatividade - Amanda Pereira de Carvalho Cruz; Sandra Maria Nascimento Sousa

4.Psicanálise heteronormativa? Os aportes subversivos da psicanálise para uma abordagem queer da sexualidade humana - Allyson de Andrade Perez


GT 3:Gênero e Educação
Coordenação: Ma. Rarielle Rodrigues Lima
Monitoria: Isamara Thayane Peres da Silva e Ana Isabel Santos Cutrim

1.Os saberes dialogados sobre a sexualidade - Klyssia de Cassia dos Santos Pinheiro; Patrícia Cristina Silva e Hellen José Daiane Reis

2. EDUCAÇÃO SEXUAL E MULHERES DIAGNOSTICADAS COM O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO - Letícia de Morais Pedrosa

3. DESAFIOS ATUAIS APONTADOS PELOS ALUNOS EM RELAÇÃO AS QUESTÕES
DE GÊNERO E SEXUALIDADE - José Gregório Viegas Brás; Joseanne Aparecida Maramaldo Levi

4. UMA REFLEXÃO SOBRE A AUTODECLARAÇÃO DA SEXUALIDADE A PARTIR DA VISÃO DE FUTUROS PROFESSORES - José Gregório Viegas Brás; Joseanne Aparecida Maramaldo Levi

5. PERFIL DAS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, CAMPUS PINHEIRO - Claudia Betanha Sousa Everton; Paulo Henrique Rodrigues Menezes e Hellen Jose Daiane Alves Reis


21/03/19 – Quinta-Feira
Local: Sala de reunião prédio Sergio Ferreti (UFMA)
Horário: 08 as 12:00

GT 5:Gênero e Violência
Coordenação: Ma. Daniella Moreira (UFMA)
Monitoria: Marice Costa Nascimento e Raphaella Morais Cunha

1.A AGENDA GOVERNAMENTAL PARA O MOVIMENTO DE MULHERES NO MARANHÃO: o enfrentamento da violência como foco das políticas públicas - Valéria Duarte de Oliveira Fernandes e Luzinete Nascimento Frazão

2. GÊNERO: UMA CATEGORIA ÚTIL PARA ANÁLISE POLÍTICA - Maynara Costa de Oliveira Silva

3. PROJETO CINE DIV@S: ALTERNATIVA DISSIDENTE DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO EM SÃO LUÍS/MA - Maynara Costa de Oliveira Silva; Isa Debora Pinto Lopes e Andressa Miguens Andrade

4. PORNOGRAFIA HETERONORMATIVA: CONSIDERAÇÕES FEMINISTAS SOBRE A VIOLÊNCIA DE GÊNERO - Maria dos Remédios da Conceição Ferreira, Maria de Fátima Tertuliano Rocha e Erika Carla de Sousa Ramos

5. A AGENDA GOVERNAMENTAL PARA O MOVIMENTO DE MULHERES NO MARANHÃO: o enfrentamento da violência como foco das políticas públicas - Valéria Duarte de Oliveira Fernandes e Luzinete Nascimento Frazão

6. A SEXUALIDADE EM MULHERES DIAGNOSTICADAS COM O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE - Letícia de Morais Pedrosa e Roberto Mendes Guimarães

7. Encarceramento feminino e adoecimento psíquico - Carla Gabriela Mesquita Mendes e Ana Letícia Barbosa Lima



GT2: Gênero, mídias e tecnologias
Coordenação: Dra. Carolina Pitanga (UEMA) e Ma. Amanda Cruz (UFMA)
Monitoria: Kalynka Ribeiro Cordeiro e Anna Carolina Spindola M C Correa

1. “BENDITO SEJA O FRUTO / QUE O SENHOR POSSA ABRIR”: A representação da opressão no controle social a partir do governo teocrático na série “O conto da Aia” - Romildo de Araujo Sousa e José Paulino Sousa Santos

2. DESIGN E A SEXUALIDADE: criação de ferramenta de apoio para atendimento médico/psicológico no hospital Materno Infantil em São Luís, Maranhão - Rafael Ricarte de Souza; Nelita Kelly Gomes Araújo; Ana Waléria Costa Dias; Alexsandro Pereira Soares e Helton de Jesus Costa Leite Bezerra.

3. OLHARES SOBRE A EDUCAÇÃO SEXUAL - Rachel Bonfim da Silva e Jackson Ronie Sá-Silva

4. Soda cáustica, querosene e vidro moído no coquetel da morte: suicídio e relações de gênero no jornal Pacotilha- O Globo (1949-1962) - Luciana Costa da Silva Sousa

5. A MULHER EMPRESÁRIA CONSTRUÍDA NA PRÁTICA DISCURSIVA DA REVISTA DELUXE - Letícia Maciel do Vale e Ilza Galvão Cutrim

6. ENTRE BOYS E FADAS: o debate sobre gênero e audiovisual nos videoclipes de Lucas Sá - Gustavo Henrique Sampaio Martins e Héveny Daniele Silva Araujo

7. REDES SOCIAIS DE APOIO ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA - Francisca Thamires Lima de Sousa; Ana Karolina Pinheiro Carvalho da Silva e Kezia Cristina Batista dos Santos

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

PRORROGAÇÃO!!!!!!


Princesas, deusas da nossa alegria. Informamos que ainda dá para submeter trabalhos até dia 10.. Então, corre, que estamos dado todas as chances. Tem Grupo de trabalho para tudo que é pesquisa..RS Aguardamos.

EDITAL DE MONITORIA



EDITAL 02/2019 

II ENCONTRO NACIONAL DE GÊNERO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES (GENI) 

IV SEMINÁRIO DE GÊNERO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES (GENI): dispositivos da sexualidade: prazer e perigo 





A comissão organizadora do II ENCONTRO NACIONAL DE GÊNERO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES (GENI) e IV SEMINÁRIO DE GÊNERO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES (GENI): dispositivos da sexualidade: prazer e perigo, no uso de suas atribuições torna público este edital de seleção de estudantes de graduação das Instituições de Ensino Superior da cidade de São Luís, Maranhão, para a função de monitor (a) das atividades pré-encontro nacional e do evento no período de 18 a 21 de março de 2019, nos turnos matutino e vespertino na cidade Universitária Dom Delgado, Campus Bacanga/UFMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO). 



1. VAGAS 

Serão ofertadas 12 vagas. 

2. REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO 

2.1. Os/as candidatos/candidatas às vagas de monitoria do evento deverão contemplar os seguintes requisitos a seguir: 

a) Idade igual ou superior a 18 anos; 

b) Estar devidamente matriculado em um curso de graduação em Instituição de Ensino Superior, na cidade de São Luís, Maranhão; 

c) Estar cursando do 2 ao 9 semestre do curso de graduação; 

d) Disponibilidade para as atividades pré-encontro e no dia da realização do evento; 

e) Disponibilidade para participar das reuniões e atividades pré-preparatórias do evento. 

3. ATRIBUIÇÕES DO MONITOR (A): 

3.1. Nas atividades pré-congresso: 

I. Participar das reuniões pré-evento; 

II. Realizar divulgação do evento; 

III. Seguir as orientações e supervisão da Coordenação de Monitoria; 

IV. Auxiliar, quando necessário, as demais comissões do evento. 

3.2. Durante o evento: 

I. Acolher convidados/convidadas e participantes do evento. 

II. Participar do credenciamento e da entrega de materiais; 

III. Auxiliar na organização das atividades de infraestrutura; 

IV. Orientar os/as convidados/convidadas e participantes do evento sobre os locais das atividades realizadas em cada dia do evento; 

V. Atuar na resolução de problemas; 

VI. Acompanhamento das atividades de apresentação de trabalhos e palestras; 

VII. Condução de listas de presença. 

4. INSCRIÇÕES 

4.1. As inscrições serão realizadas, de forma online, no período de 25 a 10 de março de 2019, no blog (htpp://grupogeniufma.blogspot.com.br). 

4.2. Para inscrição será necessário o preenchimento do formulário online (INSCRIÇÕES). 

4.3. Envio de declaração comprovando vinculo institucional com uma Instituição de Ensino Superior, informando curso de graduação e semestres letivos, emitida nos últimos 15 dias a partir da data de publicação deste edital. 

4.4. As inscrições com preenchimento incompleto do formulário online e/ou fora dos padrões deste edital serão indeferidas. 

4.5. A ausência de documentos comprobatório (declaração) não impossibilitará a inscrição do/da candidato/candidata, repercutindo apenas na pontuação na classificação do/da monitor (a). 

4.6. Casos omissos serão resolvidos pela Coordenação de Monitoria. 

5. SELEÇÃO 

5.1.A seleção ocorrerá em etapa única, classificatória, a partir da ordem de inscrição feita pelo endereço (htpp://grupogeniufma.blogspot.com.br). 

5.2. Serão considerados classificados e convocados/convocadas candidatos/candidatas que ocuparem até 18 º posição. 

5.3. Em caso de desistência, antes do início do evento, serão convocados/convocadas os candidatos/candidatas classificáveis. 

6. RESULTADO FINAL 

6.1. O resultado final será divulgado na página do evento (htpp://grupogeniufma.blogspot.com.br) no dia 11 de março de 2019. 

6.2. O/a candidato/candidata que não participar das reuniões será desclassificado/desclassificada e sua vaga cedida a outro/outra candidato/candidata classificado/classificada. 

7. DISPOSIÇÕES GERAIS 

7.1. Será concedido ao/a candidato/candidata a isenção na inscrição do evento. 

7.2.Os/as monitores/monitoras certificado de 60 horas. 

7.3. Cada monitor/monitora poderá submeter um resumo para apresentador em qualquer modalidade (trabalhos e/ou cultural). 

7.4. A comissão do evento e da Coordenação não arcará com qualquer despesa do monitor/monitora. 

7.5. Serão certificados os/as monitores/monitoras que cumprirem com a carga horária total exigida do evento. 

7.6. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: geniufma@gmail.com . 

7.7. Este edital entra em vigor a partir da sua data de publicação. 



São Luís, 25 de fevereiro de 2019 



Profª. Drª. Sandra Maria Nascimento Sousa 

Coordenadora do IV SEMINÁRIO DE GÊNERO, MEMÓRIA E IDENTIDADE: dispositivos da sexualidade: prazeres e perigos e II Encontro nacional de Gênero, Memórias e Identidades 



Coordenação de Monitoria 

Profª. Ma. Amanda Pereira de Carvalho Cruz 

Profª. Ma. Rarielle Rodrigues Lima 

Profª. Ma. Marília Milhomem Moscoso Maia 

Geysa Fernandes Ribeiro 

Luama Talita Alves C. Cirilo 

Thiago Fernandes Sousa 

Héveny Araújo 






quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Período de inscrições
Ouvinte (sem apresentação de comunicação oral) – 17/01/2019 – até o dia do evento.
Ouvinte (com apresentação de comunicação oral) – 17/01/2019 até 10/03/2019.

        Normas de Submissão (clique para ver)

Taxa de inscrição
  • R$ 20,00 - Estudantes de graduação
  • R$ 50,00 - Profissionais, estudantes de pós-graduação e professores/as de Educação Básica.




EMENTAS GT’s


GT 1: Gênero e Estudos Queer

Coordenação: Dr. Allyson de Andrade Perez (CEUMA) e Dra. Nilvanete Gomes de Lima (IFMA)

Este GT tem por objetivo reunir estudos multidisciplinares que critiquem a heteronormatividade
e/ou focalizem experiências identitárias, desejos e práticas sexuais estudados sob um olhar queer, tais como: pessoas que se identificam como homossexuais, transexuais, travestis, heteropassivos, pan-, omni- e bissexuais, poliamoristas, assexuadxs; praticantes de “pegging”, fetiches, ménages à trois, orgias, relações não-monogâmicas; heterossexualidades não-heteronormativas; sexualidades e envelhecimento; etc. Entendemos que esse campo de estudos se alimenta de um questionamento permanente de toda tentativa de reduzir o social e o sexual a uma norma única.

GT 2: Gênero, mídias e tecnologias
Coordenação: Dra. Carolina Pitanga (UEMA) e Ma. Amanda Cruz (UFMA)

O objetivo deste GT é reunir estudos e pesquisas que trabalham com produções de gênero e suas interelações com a mídia e a utilização das novas tecnologias, nos seus diferentes contextos. Gênero se refere a multiplicidade de ações performáticas que rompem com as matrizes identitárias tradicionais. Envolvem a pluralidade de expressões de subjetividades, rompendo com uma perspectiva de uma estrutura universal. Nos propomos a dialogar com a compreensão de gênero, nas suas múltiplas performances, que são visibilizadas através das mais diversas produções audiovisuais e
no uso redes sociais. Destacamos a forma como tais processo articulam limites e atravessamentos, construções e desconstruções dentro da lógica heteronormativa.

GT 3: Gênero e Educação
Coordenação: Ma. Rarielle Rodrigues (UFMA/SEDUC)

Este Grupo de Trabalho concentra as produções que objetivam refletir sobre as experiências de ensino, práticas docentes, pesquisas e ações de extensão que envolvam as categorias gênero/sexualidade. Evidenciamos a interdisciplinaridade acerca dos debates das categorias nos espaços educacionais, sejam formais ou não. Acolheremos trabalhos resultantes de pesquisas (em andamento ou concluídas) e relatos de experiências. Entendemos que o debate sobre gênero/sexualidade em Educação no Estado do Maranhão precisa ser ampliado e sistematizando enquanto rede de pesquisadores/as, nesse sentido o GT encontra-se como uma iniciativa de contato e
troca de experiências entre pesquisadores/as possibilitando diálogos futuros para o fortalecimento das pesquisas e debates em nosso Estado.

GT 4: Marcadores da diferença social
Coordenação: Dra. Juciana Sampaio (IFMA) e Ma. Mayanna Hellen Nunes (UNICAMP)

Este Grupo Temático tem como objetivo reunir pesquisas que estejam buscando a reflexão em torno dos marcadores sociais da diferença (gênero, raça, classe, sexualidade, geração, entre outros) para pensar a produção de experiências de sujeito e de grupos sociais variados. A perspectiva das interseccionalidades como proposta neste grupo temático é aquela que parte da compreensão de que as categorias de articulação da diferença não são distintos reinos isolados entre si, mas existem em relação entre si e através dessa relação, em modos contraditórios e conflituosos (Mcclintock, 2010),
operando de forma em que a experiência torna-se lugar de formação do sujeito e espaço discursivo onde posições de sujeito e subjetividades diferentes e diferenciais são inscritas, em oposição à ideia de um “sujeito da experiência” já previamente constituído (Brah, 2006). Nesse sentido, convidamos estudantes, pesquisadoras/es, ativistas a apresentarem seus trabalhos nas múltiplas direções abertas pela perspectiva interseccional.

GT 5: Gênero e violência
Coordenação: Ma. Lilah de Moares Barreto (UFMA) e Ma. Geysa Fernandes (UFMA)

As violências engendradas nas relações desiguais de poder que revestem os discursos e práticas referentes às diferenças sexuais, produzindo posições sujeito hierarquizadas e disciplinadas quanto ao gênero, mormente no tocante à vulnerabilidade histórica a que estão submetidos os grupos que subvertem os padrões falocêntricos e heteronormativos na produção da feminilidade e da masculinidade dominantes, serão objeto de discussão e análise nesse Grupo de Trabalho. As diversas formas de violência se inserem entre os dispositivos de poder que normatizam o gênero e encontram-se imbricadas aos discursos que as legitimam e reproduzem, tanto a partir de enfrentamentos e ações
violentas, quanto de práticas excludentes calcadas e espraiadas em diferentes instituições sociais. As normas e discursos que produzem e atravessam os sujeitos generificados e as violências impostas preferencialmente contra aqueles que ocupam posições subversivas e/ou subalternizadas apoiam-se reciprocamente. A proposta desse GT é concentrar os trabalhos em que são discutidas, pensadas e analisadas violências físicas, psicológicas, morais, patrimoniais, sexuais, de caráter estrutural, institucional, cultural e/ou simbólico, que constroem, invisibilizam e conformam identidades, sem
descurar do fato de que as posições sujeito forjadas no gênero se interseccionam aos demais marcadores sociais. Na perspectiva de problematizar identidades essencializadas e fundacionais, tem-se por objetivo abordar as formas que as práticas e discursos violentos recaem sobre diferentes categorias contingencial e historicamente engendradas quanto ao gênero, tais como mulheres, homens, heterossexuais, homossexuais, transgêneros, travestis, drag queens, dentre outras, reconhecendo a existência de dizeres e performances plurais, concorrentes e desigualmente compreendidos em nossa cultura.

GT 6: Gênero e literatura
Coordenação: Ma. Lindevania Martins e Ma. Marília Milhomem (SEMED/PAÇO)

Muitas produções acadêmicas nas áreas da Crítica e dos Estudos Literários têm sido influenciadas pelas Estudos de Gênero. Estes trabalhos têm analisado os elementos que são mobilizados para a produção da distinção de sujeitos em polos como masculino/feminino, ou à regulamentação de expressões da sexualidade. Eles partem da premissa de que o Gênero, juntamente com as assimetrias que ele impõe, é produzido histórico e socialmente (SCOTT, 2005) e constantemente atualizado em discursos formulados por instituições como a igreja, a medicina e o direito com o objetivo de naturalizá-lo (BUTLER, 2003).Nesse sentido, este GT receberá propostas de trabalho que analisem: A produção/delimitação do gênero em textos literários; O resgate da obra de escritoras e/ou o questionamento sobre a ausência delas em instituições ou nos cânones literários;Os impactos dos estudos de gênero na Crítica Literária e nos Estudos Literários, entre outros.

PROGRAMAÇÃO DO II ENCONTRO NACIONAL E IV SEMINÁRIO GENI

PROGRAMAÇÃO DO II ENCONTRO NACIONAL E IV SEMINÁRIO GENI:
18 de março 2019 (segunda-feira)
14h Credenciamento
15h30 Mesa de abertura
16h às 18h Conferência de abertura: “Sexualidades, prazeres e perigos”
Convidada: Dra. Maria Elvira Díaz Benítez (UFRJ/Museu Nacional) 

19 de março 2019 (terça-feira)
Manhã
08h às 12h Credenciamento
08h às 12h Apresentação de Grupos de Trabalhos (GT)
Tarde 
14h às 15:30 Mesa redonda: “GENI em discurso”
Convidadas: 
Ma. Luama Alves (UFMA)
Ma. Carolina Pitanga (UFMA)
Dra. Juciana Sampaio (UFMA)
Ma. Rarielle Rodrigues (UFMA)
Ma. Geysa Fernandes (UFMA)
Dra. Nilvanete Lima (IFMA)

16h às 18h Mesa redonda: “Pânicos Morais e Conservadorismos”
Convidada(os): 
Dr. Victor Hugo Barreto (UFF)
Dr. Carlos Palombini (UFMG)
Dra. Andrea Lacombe (UFRJ) 

20 de março 2019 (quarta-feira)
Manhã
08h às 12h Apresentação de Grupos de Trabalhos (GT)

Tarde
14h às 15h Apresentação de filmes/documentários
15h30 às 17h Mesa redonda: “Ordem, Desordem, Controvérsias: Discursos sobre
Sexualidade”
Convidadas(o): 
Ma. Lorena Mochel (UFRJ/ Museu Nacional) 
Dr. Allyson Perez (CEUMA)
Ma. Mayanna Ellen Nunes (UNICAMP)

21 de março 2019 (quinta-feira)
Manhã
08h às 12h Apresentação de Grupos de Trabalhos (GT)
Tarde 
14h às 15h30 Mesa redonda: “Transições em Experiências”
Convidadas(o): 
Júlia Rodrigues (UFMA)
Maria de Jesus (APROSMA)
Caio Mendonça (SEDIHPOP)
16h às 18h Conferência de encerramento: “A Academia como Espaço de Debate sobre Prazeres e Perigos” com Dra Sandra Maria Nascimento Sousa (GENI/UFMA)